segunda-feira, 22 de junho de 2009

Passeio na Beira-mar

Era uma segunda-feira, assim como hoje, quando tirei o Karmanga da garagem para dar uma volta, beber uma água de côco e quem sabe tirar umas fotos. Saí com alegria estampada na cara, ao som de “O Bom” (aquela que diz: ”meu carro é vermelho, não uso espelho pra me pentear...”), fiz um primeiro tour pela Av. Beira-mar, admirando o mar e as coopistas, dei uma volta e parei no início da avenida, onde um senhor costuma instalar sua barraquinha para vender água de côco. Parei, desci do carro, respondi as perguntas de sempre (que carro é esse? Carro manguinha?! Que ano é? Etc.) e pedi um côco doce e gelado como de costume. Ao ver o Karmanga em frente à bela paisagem, pensei em pegar a máquina e fotografá-lo, mas neste momento chegam três indivíduos de índole excessivamente questionável. Então desisti das fotos para evitar uma possível subtração do equipamento.

Um dos três rapazes, que de agora em diante o identificarei como quadrúpede, parou sua bicicleta (que mais parecia um caranguejo) na frente do Karmanga de maneira que minha passagem estava prejudicada, o segundo parou em cima da calçada e o terceiro atrás do carro. Ainda pensei em pedir para o quadrúpede mover seu caranguejo pois eu já estava de saída, mas achei por bem evitar qualquer tipo de contato.

Nesse momento o vento forte da orla, derruba o caranguejo em cima do Karmanga. Confesso que me imaginei um Bruce Lee golpeando o quadrúpede até que, pelo menos uns quatro ou cinco dentes saltassem de sua boca e rolassem pelo asfalto. Então enchi o peito e disse: “Poxa cara, cuidado aí.” Hoje sei que agi corretamente, mas na hora minha impotência me alimentava a raiva. Para piorar, o quadrúpede exclamou: “Vigi doido, arranhei a Ferrari do cara aí!!”. Não sei se o ignorante acreditava realmente se tratar de uma Ferrari ou se, além de tudo, estava a zombar de mim.

Ainda não satisfeito, o orelhudo teima em tentar colocar seu meio de transporte crustáceo exatamente no mesmo canto, até que seu comparsa sugere que o faça em outro lugar. Como a água de côco já não era um prazer e o quadrúpede teimoso não desistia de seu estacionamento, resolvi, acertadamente, ir pra casa e tentar esquecer o ocorrido.

Os danos foram mínimos e hoje eu consigo rir do ocorrido.

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