Véia desgraçada.

Hoje, passeando de Karmanga pela Av. Barão de Studart depois de ter enfrentado alguns stress de costume, ouvindo “Se você pensa que meu coração é de papel. Não vá pensando, pois não é.” e imaginando qual seria o assunto do novo post. Imaginei escrever sobre o fim de semana em que conheci os parentes de minha namorada, pois ao tentar puxar assunto com o sogro e quebrar um pouco o gelo, perguntei se ele conhecia o Karmann Ghia, clássico da década de 60. Para que!? O cunhado dele que é humorista de nascimento e não de profissão, disse: “Olha aí cumpadre, ta te chamando de velho! Vamo botar ele pra correr!?” E o sogro: “Deixa que de noite a gente resolve isso..”. Conhecer a família da namorada já não é uma coisa muito fácil, assim então... Mas brincadeiras à parte, o fim de semana foi maravilhoso e a família dela me recebeu super bem! (espero que o sogro leia isso).

Pois bem, voltando à Av. Barão de Studart à bordo do Karmanga e vagando por meus pensamentos, me assusto ao ver uma distinta senhora me trancar agressivamente com o seu, novinho, Renault Symbol. Na hora freei e buzinei para que ela soubesse que ali desfilava um Karmann Ghia. A senhora que deveria estar atrasada para Universidade sem Fronteiras ou para o clube da terceira idade, simplesmente me ignorou e ao concluir sua manobra mandou-me um gesto obsceno com seu dedo médio.

PQP!!!! Prefiro ter um filho viado que ter um filho véia!!!

Engoli seco, reduzi a marcha e emparelhei com ela. Dei uma acelerada com força bem na janela da Derci Gonçalves. Ela se espantou e quando viu que era eu, começou a me chamar de tudo quanto foi nome, mas para minha sorte, sua janela estava fechada e eu não pude escutar nada. Retribuí o singelo gesto com o dedo médio, mandei um beijinho e continuei meu passeio com a alma lavada.