quinta-feira, 27 de agosto de 2009

1º Encontro Nacional Planeta Fusca

O encontro aconteceu no sábado dia 22 de Agosto, mas começo minha história na quinta dia 20.

Mais uma vez eu fui exercer minha função de padrinho e fui dormir na casa da minha irmã pra no dia seguinte ajudar a cuidar da minha afilhada que já falou até “trabalhar”, mas ainda não diz “padim”. Tá certo que ela já diz “pa”, o que amolece meu coração. Então, na quinta quando chego e olho pro céu, vejo algumas nuvens e fiquei em dúvida se estacionava o carro ao abrigo de alguma casa que ainda estava em construção ou se deixava ao relento em frente. Imaginei que seriam nuvens passageiras e ao relento o Karmanga ficou.

Durante a noite o alarme dispara e com muito sono, simplesmente pego o controle, desligo e ligo novamente. Alguns minutos depois, novo disparo. Então decidi deixar o alarme desligado.

No dia seguinte, percebo que a chuva molhou por dentro do carro, inclusive o módulo do alarme que deixou de funcionar. Sorte minha que durante toda a sexta-feira o sol brilhou o suficiente para secar o carpete do carro.

Volto pra casa e dou um banho no Karmanga para deixá-lo bonitão para o encontro, porém a noite cai e não tive tempo de polir. Sigo o conselho da namorada e resolvo deixar tudo pronto para no sábado polir o vermelhinho. Não podia deixar passar, vai que aparece outro Karmann Ghia e a pintura dele está um espelho?! O Karmanga nunca ia me perdoar.

No sábado, acordo cedinho e tome cera! Pretinho nos pneus e orgulho estampado na cara para mais um desfile de Karmann Ghia pelas ruas. Como sempre, muita gente olhando e os que conseguiam, sacavam seus celulares para registrar o momento.

Mas não podia deixar de ficar preocupado, o céu estava fechado e uma chuva grande prometia cair. Ainda assim prossegui meu passeio até a casa da namorada, onde ficamos um tempo pra assistir sua entrevista no Canal Unifor. Agora, duplamente orgulhos, pelo brilho do Karmanga e da namorada, seguimos para o encontro. Neste ponto, a chuva começa a cair forte e eu já pensava em nem ir ao evento, pois se encontrar alguma área alagada, o karmanga certamente iria submergir. Isso sem falar da visão prejudicada e do, pouco importante para o momento, fato de que o carpete iria encharcar novamente.

Ao chegar, o sol dá o ar da graça e assim fica por quase todo o dia. Sendo assim o evento estava garantido, mas o polimento do Karmanga e o pretinho dos pneus, já eram.

De longe avistamos vários balões de propaganda e um guindaste com dois Fuscas suspensos. De cara, vi que Fred Guilhon, organizador do evento, não estava para brincadeira. O pessoal da organização estava de camiseta amarela para fácil identificação e os carros estavam bem distribuídos. Eu imaginava que encontraria pelo menos cinco Karmann-Ghias e haveria um espaço destinado para nós, mas frustrado, fui instruído a parar ao lado dos esportivos. Pouco tempo depois, chega um irmão mais novo, um Karmann Ghia 1970 que para ao nosso lado.

E o legal foi que as pessoas deram atenção ao meu Karmanga e logo o cercaram para ver o seu motor. Pena que nessa hora, estavam filmando uma reportagem e por conta do aglomerado não aparecemos na TV.

Lá encontrei muitas coisas interessantes como Fuscas do início da década de 50 e New Beatle com rodas gigantes com pneus de perfil muuuuuuuuuito baixo e quando eu digo muito, é muito mesmo! Apareceram carros do museu, uma réplica do Porsche Spyder, miniaturas e muitas coisas legais!

Num determinado momento eu passo ao lado do organizador do evento, Fred Guilhon e escuto as seguintes instruções passadas à um atento homem que anotava tudo: “Tem que ter premiação para o Puma mais bonito, o Fusca mais bonito, o esportivo mais bonito...” Não me contive e interrompi: “Para o Karmann-Ghia, com motor AP, mais bonito...”, mas acho que não convenci.

Mais tarde, de coração apertado, deixo o Karmanga por lá e vou para um churrasco (também não podia perder uma boca livre, né?) e volto a tempo de conhecer o museu da Casa do José de Alencar onde eram exibidos além de objetos de confecção de renda, alguns instrumentos musicais e armas artesanais utilizados pelos escravos.

Como o museu já estava fechando, eu e minha namorada éramos os únicos no recinto e estranhamente eu ouvia sons de tambores. Imaginei ser um artifício do próprio museu, mas corri a vista pelo ambiente e não vi nenhum alto-falante, então perguntei se só eu estava ouvindo aquilo e para meu alívio a Natália também escutava. Descobrimos que se tratava de uma banda que ensaiava ali próximo.

Voltamos para o evento, aproveitamos o bom som da banda cover dos Beatles e mais tarde nos despedimos dos amigos.




















3 comentários:

  1. Fiu, fiuuu mais que brotinho na lambreta!!rs
    parecia que eu estava revivendo o dia a cada linha q eu lia, concordo com o amigo ai de cima bela narração e foi um belo dia, não posso deixar de comentar que vc eh um padrinho muito coruja, a Mirelinha ganhou um presentão, rs
    amor não faz propaganda da entrevista, kkkkkkkk

    ResponderExcluir
  2. Fiu, fiuuu *mas que brotinho na lambreta!!rs
    parecia que eu estava revivendo o dia a cada linha q eu lia, concordo com o amigo ai de cima bela narração e foi um belo dia, não posso deixar de comentar que vc eh um padrinho muito coruja, a Mirelinha ganhou um presentão, rs
    amor não faz propaganda da entrevista, kkkkkkkk

    ResponderExcluir