segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Chevrolet Woodie - Garagem do Bellote
Calma, vou explicar...
Garagem do Bellote é um blog que acompanho (inclusive está entre meus blogs favoritos), cujo foco é a exibição de fotos de carros antigos, feitas pelo fotógrafo Renato Bellote. E o post de hoje em seu blog é com o Chevrolet Woodie que assim foi batizado por sua lateral toda feita em madeira, que se não me engano, devia-se ao fado de que praticamente toda produção americana de metal ser destinada ao material bélico do tio Sam e portanto, encotraram esta solução criativa para alguns veículos.
Dúvidas esclarecidas, reescrevo aqui um trecho do post original do Bellote:
"Quero chamar a atenção do leitor para alguns detalhes. Um deles é a presença do farolete com acionamento ao lado do volante, chamado de “caça-mulata”. Outro item é a simpática bonequinha no painel, que balança de acordo com o movimento. A prancha na janela traseira dá o toque final. Na tampa do porta-malas fiz uma composição com alguns acessórios de época para um belo dia na praia."
Assim que vi o carro com aquela bagagem, logo imaginei um pranchão de madeira no bagageiro da capota(confesso que não sei surfar de pranchão e sim de sand board que é praticamente 1/5 do tamanho do prachão e porisso, ficaria completamente sem graça uma pranchinha em cima deste carrão. Talvez um sand board em cima do Karmanga fique proporcional) e a namorada do lado indo para alguma paradisíaca praia do nosso litoral.
Eu, assim como o Bellote, gostaria de chamar atenção para alguns detalhes, porém não tão fáceis de ver nas fotos, mas como sou aficionado por carro antigo, percebi logo de primeira! Entrem no link abaixo, vejam toas as fotos e olhem no reflexo da tela da tv e da calota em destaque, dois belíssimo exemplares de automóveis da década de 60. O da Calota, me parece ser um Bel-Air, o outro eu não identifiquei.
http://www.garagemdobellote.com.br/2009/08/chevrolet-woodie.html
1º Mega Encontro de Miniaturas
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
1º Encontro Nacional Planeta Fusca
O encontro aconteceu no sábado dia 22 de Agosto, mas começo minha história na quinta dia 20.
Mais uma vez eu fui exercer minha função de padrinho e fui dormir na casa da minha irmã pra no dia seguinte ajudar a cuidar da minha afilhada que já falou até “trabalhar”, mas ainda não diz “padim”. Tá certo que ela já diz “pa”, o que amolece meu coração. Então, na quinta quando chego e olho pro céu, vejo algumas nuvens e fiquei em dúvida se estacionava o carro ao abrigo de alguma casa que ainda estava em construção ou se deixava ao relento em frente. Imaginei que seriam nuvens passageiras e ao relento o Karmanga ficou.
Durante a noite o alarme dispara e com muito sono, simplesmente pego o controle, desligo e ligo novamente. Alguns minutos depois, novo disparo. Então decidi deixar o alarme desligado.
No dia seguinte, percebo que a chuva molhou por dentro do carro, inclusive o módulo do alarme que deixou de funcionar. Sorte minha que durante toda a sexta-feira o sol brilhou o suficiente para secar o carpete do carro.
Volto pra casa e dou um banho no Karmanga para deixá-lo bonitão para o encontro, porém a noite cai e não tive tempo de polir. Sigo o conselho da namorada e resolvo deixar tudo pronto para no sábado polir o vermelhinho. Não podia deixar passar, vai que aparece outro Karmann Ghia e a pintura dele está um espelho?! O Karmanga nunca ia me perdoar.
No sábado, acordo cedinho e tome cera! Pretinho nos pneus e orgulho estampado na cara para mais um desfile de Karmann Ghia pelas ruas. Como sempre, muita gente olhando e os que conseguiam, sacavam seus celulares para registrar o momento.
Mas não podia deixar de ficar preocupado, o céu estava fechado e uma chuva grande prometia cair. Ainda assim prossegui meu passeio até a casa da namorada, onde ficamos um tempo pra assistir sua entrevista no Canal Unifor. Agora, duplamente orgulhos, pelo brilho do Karmanga e da namorada, seguimos para o encontro. Neste ponto, a chuva começa a cair forte e eu já pensava em nem ir ao evento, pois se encontrar alguma área alagada, o karmanga certamente iria submergir. Isso sem falar da visão prejudicada e do, pouco importante para o momento, fato de que o carpete iria encharcar novamente.
Ao chegar, o sol dá o ar da graça e assim fica por quase todo o dia. Sendo assim o evento estava garantido, mas o polimento do Karmanga e o pretinho dos pneus, já eram.
De longe avistamos vários balões de propaganda e um guindaste com dois Fuscas suspensos. De cara, vi que Fred Guilhon, organizador do evento, não estava para brincadeira. O pessoal da organização estava de camiseta amarela para fácil identificação e os carros estavam bem distribuídos. Eu imaginava que encontraria pelo menos cinco Karmann-Ghias e haveria um espaço destinado para nós, mas frustrado, fui instruído a parar ao lado dos esportivos. Pouco tempo depois, chega um irmão mais novo, um Karmann Ghia 1970 que para ao nosso lado.
E o legal foi que as pessoas deram atenção ao meu Karmanga e logo o cercaram para ver o seu motor. Pena que nessa hora, estavam filmando uma reportagem e por conta do aglomerado não aparecemos na TV.
Lá encontrei muitas coisas interessantes como Fuscas do início da década de 50 e New Beatle com rodas gigantes com pneus de perfil muuuuuuuuuito baixo e quando eu digo muito, é muito mesmo! Apareceram carros do museu, uma réplica do Porsche Spyder, miniaturas e muitas coisas legais!
Num determinado momento eu passo ao lado do organizador do evento, Fred Guilhon e escuto as seguintes instruções passadas à um atento homem que anotava tudo: “Tem que ter premiação para o Puma mais bonito, o Fusca mais bonito, o esportivo mais bonito...” Não me contive e interrompi: “Para o Karmann-Ghia, com motor AP, mais bonito...”, mas acho que não convenci.
Mais tarde, de coração apertado, deixo o Karmanga por lá e vou para um churrasco (também não podia perder uma boca livre, né?) e volto a tempo de conhecer o museu da Casa do José de Alencar onde eram exibidos além de objetos de confecção de renda, alguns instrumentos musicais e armas artesanais utilizados pelos escravos.
Como o museu já estava fechando, eu e minha namorada éramos os únicos no recinto e estranhamente eu ouvia sons de tambores. Imaginei ser um artifício do próprio museu, mas corri a vista pelo ambiente e não vi nenhum alto-falante, então perguntei se só eu estava ouvindo aquilo e para meu alívio a Natália também escutava. Descobrimos que se tratava de uma banda que ensaiava ali próximo.
Voltamos para o evento, aproveitamos o bom som da banda cover dos Beatles e mais tarde nos despedimos dos amigos.